Egresso de Cinema e Mídias Digitais vence festival de Guarulhos

Publicado em 16 de outubro de 2020

Gabriel Smithy Silva Camel venceu na categoria de estudante no festival Guarufantástico

Suor, trabalho duro, suspense e muita imaginação deram origem ao curta-metragem “A Bruxa do Terceiro Andar”, produção feita pelo egresso do curso de Cinema e Mídias Digitais Gabriel Smithy Silva Camel, 23 anos, para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A ideia de produzir um curta, idealizada desde o início da formação, começou a ser desenvolvida no sexto semestre e, após seis meses da produção, venceu o Guarufantástico, festival de curtas fantásticos de Guarulhos, na categoria estudante.

“Depois que a gente terminou o TCC, apresentamos para os professores, começamos a investir na carreira de festival de filme. Eu achei o Guarufantástico, vi que eles estavam na quarta edição, iam fazer on-line, e inscrevi o curta. Algum tempo depois soube que tinha sido selecionado”, conta Gabriel.

O cinegrafista retirou referências da própria vida para escrever a história. Reuniu os filmes que mais gostava e as experiências que teve ao longo da infância, e encaixou tudo em seu gênero favorito, o da fantasia: “Eu queria brincar com temas como imaginação, infância e também fazer uma homenagem a minha própria vida, minhas próprias experiências de quando eu era criança. Então, eu fui fazendo essa amálgama de coisas, com referências de filmes que eu gosto, de cinema, não só de assistir, mas também de produzir, e eu criei essa história, esse conto”, explica.

Foi um longo processo até receber o prêmio em suas mãos: roteiro, casting, maquiagem, montagem de cenário, uma gravação feita em cinco dias seguidos, uma edição minuciosa, com teste de elementos sonoros e efeitos. Na reta final bateu o frio na barriga, mas a votação acirrada terminou com o público escolhendo o curta “A Bruxa do Terceiro Andar” como o melhor da categoria estudante do festival.

Segundo o egresso, os aprendizados foram muitos.“Foi um orgulho muito grande. Fico feliz desse ser nosso primeiro prêmio fora do aspecto acadêmico, em um festival profissional. É algo muito gratificante. É algo que marcou muito a minha vida e eu aprendi muito sobre pessoas, sobre trabalho, sobre cinema, sobre tudo”, diz o egresso.

Sobre o curta

A obra cinematográfica, curta-metragem de fantasia infanto juvenil, conta a história de Pedro, um garoto muito imaginativo, que sempre saia para brincar nos corredores do prédio onde morava. Um dia, depois que ele estava brincando de bolinha com a amiga Júlia, a bola cai no terceiro andar, na frente do apartamento de uma bruxa, que acaba a levar a bola para dentro de sua casa.

O enredo gira em torno da tentativa de recuperar o brinquedo, que por ser um objeto deixado pelo pai, que não é presente na vida do garoto, tem um grande valor sentimental. As crianças criam toda uma missão para poder entrar no apartamento e encontrar a bola, deixando sempre no ar se o episódio se trata de algo real ou da imaginação de Pedro e Júlia.

Por Isadora Mota

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